A alegada “mentira da direita radical” é comprovadamente correta:
o massacre de milhares de oficiais poloneses no
cativeiro soviético, que aconteceu na Segunda
Guerra Mundial, foi cometido pelos soviéticos e
os vencedores tentaram juntos, até o final do
conflito, jogar a culpa deste crime – sempre
através da mentira – ao seu arqui-inimigo, a fim
de desviar a atenção de seus próprios crimes.
Falácias provenientes
das névoas do pântano do fanatismo ideológico
Em 1940, os soviéticos executaram na floresta de Katyn milhares de prisioneiros poloneses. No livro “In Auschwitz wurde niemand vergast: 60 rechtsradikale Lügen und wie man sie widerlegt” ( Em Auschwitz ninguém foi gaseado. 60 mentiras da extrema-direita e como revidá-las), o autor alega que o crime de guerra de Katyn seja de responsabilidade da “extrema-direita”, embora as tropas russas sejam culpadas. Ele tenta vender esta tese como uma das “60 mentiras da extrema-direita”, e por isso escreve sobre a “mentira 18″:
a. o argumento é tomado
“diretamente da Propaganda nazista”
b. o argumento procede, “mas o que isso prova,
um crime anula outro?”
c. Ao final, ele cita crimes de guerra alemães
na Polônia ocupada.
“Mentira” nr. 18
Os fatos
A Wehrmacht, o exército alemão, venceu militarmente em poucas semanas a vizinha Polônia, no outono de 1939. Pouco antes da capitulação polonesa, conforme o anexo secreto do pacto com a União Soviética, tropas russas invadiram a Polônia oriental. Um ano e meio depois começou o ataque preventivo alemão contra a Rússia soviética, a chamada operação Barbarossa.
Katyn, situada nos arredores
de Smolensk e local da descoberta da cova
coletiva de milhares de oficiais poloneses que
desapareceram desde a capitulação polonesa, foi
tomada pelo primeiro ataque alemão em julho de
1941 e, no verão de 1943, reconquistada pelos
soviéticos.
Capelão militar polonês Zielkoski.
Carrega consigo ainda o rosário
Não foram encontradas 4.100 vítimas como o autor alega, mas sim 4.143. O local também não foi descoberto pelos soldados alemães em abril de 43, mas sim pelos trabalhadores da organização Fritz Todt. Colegas trabalhadores poloneses indicaram o local da cova coletiva na floresta. Junto ao monte Kasegory, 20 km ao leste de Smolensk, perto da estrada para Witebsk, eles encontraram de fato restos humanos e colocaram ali uma cruz de madeira. A primeira indicação obtida do interrogatório do prisioneiro russo Merkulaff, no início de agosto de 1941, não mereceu a devida atenção da comissão da Wehrmacht para crimes de guerra. [1]
Início das investigações
Somente no inverno de
1942/1943, quando o Tenente-Coronel Ahrens do
regimento de informação 537 rastreava um lobo na
floresta de Katyn, uma região procurada para
passeios, começou-se a desvendar o crime. Ahrens
investigou um local cavoucado por um animal
junto à cruz de madeira e relatou a descoberta
ao oficial alemão encarregado dos sepultamentos.
Com isso o Prof. Buhtz, do Exército central,
iniciou as investigações. Formou-se um comitê de
investigação internacional composto por doze
médicos legistas de diversas nacionalidades,
representantes da Cruz Vermelha polonesa, assim
como prisioneiros de guerra norte-americanos e
ingleses. A comissão realizou a autópsia de 100
cadáveres encontrados. [2]
Prof. Palmieri, nepalês, autopsia
cadáver nr. 800, um major de 50 anos:
três
tiros na nuca e estilhaços no cérebro
A época da morte foi avaliada pela perícia médica por volta de maio de 1940. Os assassinos falharam em esvaziar os bolsos das vítimas, mortas com um tiro na nuca, antes de enterrá-las. Desta forma não foi apenas identificado o cadáver nr. 490 como sendo do Major Adam Solski, mas também encontrado outros indícios como um diário preenchido até 9 de abril de 1940, com indicações sobre a prisão dos oficiais através do serviço secreto soviético. Podia-se desde o início eliminar qualquer culpa das tropas alemãs nesta execução em massa, que aconteceu mais de um ano antes dos alemães marcharem para o local em território sob jugo soviético.
Sabedoria mortal?
A culpa dos soviéticos já era conhecida dos aliados desde 1943 através de uma comissão de investigação do embaixador britânico Owen O’Malley junto ao governo polonês do exílio na Inglaterra. O relatório podia ser impresso, mas não revelado ao público. Churchill tentou convencer Sikorski ao silêncio com o argumento “de que nada traria de volta os oficiais poloneses executados.” Porém, Sikorski manteve sua posição de culpar os soviéticos, e veio a falecer no mesmo ano através da queda de um avião perto de Gibraltar, cujas circunstâncias não foram esclarecidas. [3]
O promotor polonês de Krakau, Dr. Roman Martini, se encontrou logo após a guerra em uma investigação onde se encontrava o comissário Burjanow, enviado de Moscou em 1940 e chefe do massacre de Katyn. Poucos dias depois que seu relatório de investigação foi entregue ao Ministério da Justiça, ele foi assassinado a 12 de março de 1946 por dois membros da “Sociedade para amizade polaco-soviética“, por assim dizer um “favor de amigo”… [4]
Conto mentiroso
Um mês antes do assassinato de Martini a 14 de fevereiro de 1946, se apresentou no processo de Nuremberg o substituto do principal promotor soviético, Coronel Pokrowsky, que disse as seguintes palavras diante do tribunal:
“Eu gostaria agora de me ocupar com as atrocidades cometidas pelos hitleristas contra os membros do exército polonês. Nós vemos no texto da acusação que a execução em massa dos prisioneiros de guerra poloneses foi um dos mais importantes crimes executado pelos intrusos fascistas alemães nas florestas de Katyn, região de Smolensk.” [5]
O advogado de Göring, Dr.
Otto Stahmen, interrogou tão magistralmente as
testemunhas soviéticas durante duas semanas que
a partir de 26 de fevereiro, não se ouviu mais
qualquer palavra sobre Katyn e estes pontos da
acusação simplesmente desapareceram dos autos,
sem qualquer pronunciamento. O promotor
principal dos EUA, Jackson, revelou mais tarde
que o Tribunal teria percebido da culpa dos
soviéticos pelo crime.
Trabalho da comissão de investigação
anulado pela propaganda de guerra
Acusações contra o lado alemão já foram levantadas durante a primeira nota à imprensa em 1943. Não é de se estranhar que primeiramente foi através do soviético “Pravda”. [6] Juntou-se a este discurso o governo inglês na pessoa de seu Ministro do Exterior, Anthony Eden, que explicou claramente a 4 de maio de 1943,
“… a Grã-Bretanha não deseja de forma alguma colocar a culpa em qualquer um que não seja o inimigo comum (Alemanha).”
Já naquela época e através dos britânicos, foi introduzida a moral demagógica que não se pode falar sobre um determinado crime, caso a averiguação dos verdadeiros executores pudesse interferir nos próprios interesses políticos. Eden reclama do
“… cinismo, com qual os nazistas tentam utilizar a história do assassinato em massa, onde os próprios executaram centenas de milhares de inocentes poloneses e russos, para atrapalhar a unidade entre nós aliados.” [7]
Uma verificação dos arquivos britânicos do Ministério do Exterior, deste ano, resultou que ninguém supunha seriamente outra culpa pelo crime a não ser que ele tenha sido cometido pelos próprios russos, mas isso não foi divulgado por motivos táticos-políticos. [8] Comunicação análoga da emissora britânica BBC a 15 de abril de 1943:
“As mentiras alemãs indicam o destino que recaiu sobre os oficiais, os quais foram usados pelos alemães em 1941 nas construções da vizinhança.” [9]
Ainda em 1976, a União Soviética conseguiu, através de veemente protesto, impedir a participação de membros do governo na inauguração do Memorial de Katyn no cemitério londrino de Gunnersbury. Como anteriormente nos tempos de guerra, o irresponsável oportunismo político na Inglaterra obedeceu os esforços dos criminosos para camuflar, aqui com posicionamento oficial:
“Nunca pôde ser comprovado para satisfação do governo de Sua Majestade, quem foi o responsável por isso.” [10]
A alegada “mentira da extrema-direita” é comprovadamente correta. O massacre de milhares de oficiais poloneses no cativeiro soviético aconteceu na Segunda Guerra Mundial, foi cometido pelos soviéticos e os vencedores tentaram juntos, até o final do conflito, jogar a culpa deste crime – sempre através da mentira – ao seu arquiinimigo, a fim de desviar a atenção de sua própria culpa.
Lógica premiada
Curioso que o autor queira então desvendar uma alegada mentira, à medida que ele objetiva confirmar a veracidade de suas afirmações; de forma concreta: a culpa indiscutível do oponente soviético. Reconhecer isto é necessário, desperta no leitor superficial a convicção de que alguém analisa a coisa objetivamente. Ele também não considera que após a Segunda Guerra Mundial, os vencedores tentaram de fato jogar o peso deste crime nas costas do exército alemão. Uma análise seletiva ao invés de objetividade pode ser considerada. Mas então se acostumou – até o momento passa despercebido, que nenhum dos vencedores foi levado ao tribunal para ser responsabilizado pelas milhões de vítimas civis.
Se as alegadas afirmações da “extrema direita” estão corretas, como elas poderiam ser uma mentira? Os argumentos que seguem levam ao entendimento desejado:
a. “Este
argumento é uma adoção direta da propaganda
nazista"
É correto que a mídia
nacional-socialista procurou tirar vantagens do
descoberto massacre diante da opinião pública
mundial. Na figura abaixo, o título de uma
brochura de 1943, da editora da revista NS
“Signal”. Aqui na língua francesa para a região
correspondente: “Se os soviéticos ganharem a
guerra, é Katyn por toda a parte”.
“Se os soviéticos ganharem a guerra,
Katyn por toda a parte”
A prova drástica em texto e fotos chocantes de que as tropas soviéticas executaram milhares de indefesos prisioneiros de guerra, poderia ter contribuído para legitimar a luta dos alemães contra a Rússia, e para retirar dos cansados soldados da frente de batalha a ilusão sobre um tolerável cativeiro russo.
Durante a investigação, Goebbles citou em seu diário a exagerada cifra três vezes maior de 12.000 vítimas. Os artigos da mídia alemã citaram uma cifra menor, mas ainda assim muito exagerada. Um sucesso internacional mensurável não aconteceu aparentemente até o final da guerra. Ou os observadores neutros consideraram o caso como inexplicável, graças à contra-propaganda aliada, e muito propícia como objeto de propaganda devido às hostilidades de guerra. Ou eles não viram grande relevância em alguns milhares de poloneses mortos, à vista das montanhas de cadáveres nos campos de batalha e nas cidades alemãs bombardeadas. A documentação publicada pelo Ministério do Exterior alemão, no verão de 1943 – “Amtliches Material zum Massenmord von Katyn” – não teve credibilidade no exterior.
Para a discussão apresentada, esta conexão é fundamentalmente irrelevante. Ela não acrescenta nada sobre a questão, se a “afirmação do extremismo de direita” é uma mentira ou não. Se houvesse uma afirmação que a lua seja redonda, isso permaneceria também verdadeiro, mesmo se o autor tenha se revelado um mentiroso em outros casos. Enquanto houver a possibilidade de se comprovar factualmente uma afirmação, não se necessita de um sofrível achismo sobre a credibilidade do autor. Quando se desvia do assunto desnecessariamente, pode-se levantar a suspeita que os próprios argumentos sobre o tema são pouco convincentes, que então torne-se imperativo levantar suspeitas contra outros pontos.
O argumento foge do tema. Como é considerado hoje comprovado e indiscutível que a representação da mídia NS sobre os culpados do massacre de Katyn corresponde à verdade, as legítimas desconfianças sobre a reputação desta máquina de propaganda são sem importância para a avaliação objetiva do tema.
b. Uma coisa não desmente a outra
Inconscientemente, o autor da
obra citada usa como outro argumento uma ligação
usual do pós-guerra alemão segundo o princípio:
“sim, foi um crime russo contra os poloneses,
mas com isso não se pode encobrir qualquer crime
alemão na Polônia”. Pode ser isso. E segundo
esse método são calcados muitos argumentos sobre
a Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial, os
quais por hora ninguém contradiz fundadamente na
mídia.
Prof. Hájek, de Praga, e representante
da Cruz Vermelha
polonesa Wodzinski examinam o
uniforme de um cadáver de Katyn
Problema aqui é que se usa uma lógica ambígua: se A não pode refutar B, então contrariamente B também não pode ser uma refutação de A. Caso contrário, ambas as afirmações são inválidas. Da mesma forma no contexto: se aconteceu crimes alemães na Polônia, isso não pode encobrir qualquer crime russo contra os poloneses, eles permanecem reais. Pode-se então discutir livremente sobre o crime e os acusados. Sobre a controvérsia também, a tentativa de um empurrar sua culpa no outro. E com isso ir-se-ia novamente discutir o crime russo de Katyn em 1940, o qual não é negado pelo autor, mas incompreensivelmente ainda se quer avaliá-lo como “mentira da extrema direita”, sem poder fundamentar esta alegação.
Sua argumentação só tem sentido se assumirmos que o autor quer impossibilitar a relativização dos crimes alemães através da citação dos crimes dos aliados, através do cerceamento da discussão. Este conceito poder-se-ia legitimamente inverter da mesma forma. Se a princípio, numa guerra, o crime de um lado justificasse proibir a indicação do crime cometido pelo outro lado, então seria fácil proibir aos vencedores da Segunda Guerra Mundial, com seus inúmeros crimes, a propagação sensacionalista dos crimes do perdedor. Ao final, a ética de tal controvérsia seria reduzida à disputa de poder, sobre quem pode reprimir a opinião de quem. Esse jogo de ranço ideológico tem pouco a ver com objetividade perante fatos históricos. Mas uma vez a obra premiada ressente de argumentação sobre o tema e, com isso, de provas de uma suposta “mentira da extrema direita”. Um comprovado fato não pode ser refutado ou objeto de dúvida (“mentira”), que existam outros fatos sem que estes estejam, entretanto, em ligação básica com contexto principal.
O argumento se auto-refuta no mesmo plano lógico. Se considerarmos que crimes de guerra soviéticos não refutam crimes alemães, então crimes de guerra alemães não podem refutar crimes soviéticos, os quais foram imputados aos alemães de forma mentirosa. E, ao final, esse é o motivo original da discussão.
c. Refutou a si próprio
O autor do questionável texto tropeçou por completo em suas próprias pernas, quando ele tenta revelar a descoberta de uma “mentira da extrema direita”, à medida que cita crimes da ocupação alemã na Polônia. O assim aprisionamento injusto de civis, a inanição premeditada de grupos específicos de prisioneiros através de deficiente abastecimento de víveres e o massacre dos Grupos de Ação de Ohlendorf.
É fácil reconhecer que esse contexto nada tem a ver com a questão, sobre o crime cometido pelos soviéticos na Polônia e da forma com que tal mentira foi jogada nas costas dos alemães. Aqui tenta-se buscar ajuda falando sobre outros acontecimentos e outros culpados, sem ter que se ocupar com a matéria em questão. Esta é a tática exata para oprimir um tema indesejado, o qual o próprio autor criticou com suas próprias palavras:
“mas o que isso prova, um crime anula outro?“
Resumo
A pedagógica obra mencionada quer ser um manual missionário para refutar as “mentiras da extrema direita”. De fato, porém, ele apresenta aqui, nos sintomáticos exemplos discutidos, a impressionante arte de como a gente não apenas pode se deixar conduzir a um beco sem saída com os próprios equívocos, mas ao mesmo tempo também ressalta involuntariamente a verdade contida na alegada mentira.
Indiscutível indício como vocabulário de combate político da categoria “nazista” e avaliações generalizadas como “extrema direita” deixam-se já reconhecer que o autor e texto originam-se das névoas do pântano do fanatismo ideológico.
A obscura lógica argumentativa não ultrapassa o nível onde seja possível o convencimento, do tipo, que um pepino seja verde devido ao fato dele ter sido um marciano na vida anterior. Justamente esta confusão que ignora a lógica ou talvez não a domine, quer segundo o site Amazon, publicar logo um livro sobre “Orientação ética para jovens”…
Não é compreensível onde a Editora Goldmann encontra coragem para inundar o mercado literário alemão com isso, que o autor malhe sua cabeça de palha e atola brilhantemente a capacidade mental do correspondente texto. Talvez a coragem se explique no reconhecimento que a superação moral do passado alemão possa funcionar como tema de uma escolha evolutiva. Ao final, os companheiros ideológicos permanecem cabeças-ocas entre si e tratam os objetos da discussão sem competência, mas sim com a mesma e batida ladainha missionária. Talvez também com o objetivo do mundo renascer, novamente, a partir do espírito alemão.
Nós poderíamos ainda estar
inclinados a investigar a descoberta destas “60
mentiras” em outros artigos. A intitulação
inevitável de outros 60 artigos sobre estas
pérolas poderia levar à impressão limitada, mas
muito propagada, que a vasta história alemã se
restringe apenas a 12 anos…
[1] Alfred M. de Zayas, Die Wehrmacht-Untersuchungsstelle. Dokumentation Alliierter Kriegsverbrechen im Zweiten Weltkrieg, Munique 1979, pág. 38. Nota de rodapé 1 sob uso do arquivo do acervo de Marburg RW 2/v. 146, pág. 124, 168
[2] Descoberta segundo J. Heydecker/J. Leeb, Der Nürnberger Prozeßß, 1958, capítulo sobre Katyn. Ch. Zentner, Katyn Ungesühntes Verbrechen, Das Dritte Reich Bd. 3, Hamburg o.J., pág. 238-243, passim. De Zayas: ob.cit., pág. 38.
[3] Zentner, ob.cit., pág. 243. O diário de Solski se encerra no início da inspeção dos cadáveres e do confisco dos objetos de valor como alianças de casamento e dinheiro em espécie, às 6:30hs do suposto dia da execução a 9 de abril de 1940; Nassauische Landeszeitungg, 6 de julho de 1972, “O embaixador inglês Owen O’Malley reconheceu em 1943 junto ao governo polonês no exílio em Londres, que se sabia na Inglaterra, já em 1943, sobre o assassinato em massa dos bolchevistas em Katyn. Ele reconhece: Para não atrapalhar o bom relacionamento com a União Soviética, nós impedimos os poloneses de propagar sua versão do caso Katyn ilimitadamente na mídia e abafar qualquer tentativa da imprensa em investigar o assunto.’ O Secretário do Foreign Office, Sir Alexander Cadogan, complementou na nota do embaixador: ‘eu reconheço que me retirei covardemente da cena de Katyn, com receio de encontrar algo… à vista das provas diante de nós, a impressão de evitar a culpa soviética’.”; – Churchill, após a descoberta do massacre para os políticos poloneses no exílio: “’Os bolchevistas podem ser muito cruéis’. Ele complementou, todavia, que sua desumanidade era uma fonte da força, e isso é interessante para nós enquanto significar a morte de alemães.” Citado segundo E. Raczinski, Allied London. London 1962, pág. 141
[4] Zentner, ob.cit., pág. 243
[5] Zentner, ob.cit., pág. 238. citado a partir dos autos do tribunal de Nuremberg, volume 7, pág. 469. Em relação à acusação oficial segundo autos do processo: “Em setembro de 1941 foram mortos 11.000 oficiais poloneses prisioneiros de guerra na floresta de Katyn, nos arredores de Smolensk”. Tribunal de Nürenberg, volume 1, pág.58
[6] Edição do jornal do regime soviético “Prawda” (“verdade” em russo) de 20 de abril de 1943 com a machete: “Cúmplices poloneses de Hitler”. O título refere-se ao chefe do governo exilado polonês na Inglaterra, o qual os soviéticos responsabilizam pelo crime. Churchill: “Se eles estão mortos (oficiais poloneses), nada que você (Sikorski) fizer poderá revivê-loss“. Isto também foi usado por Rolf Hochhuth na peça teatral “Soldaten”, première em 1967. Segundo a versão soviética, trata-se de um operário da construção rodoviária que não pode escapar em tempo na ocasião do avanço alemão e foi descoberto anos depois pelos alemães na cova coletiva, ou seja, claramente morto pelos soldados alemães.
[7] Zentner, ob.cit. pág. 239
[8] Zentner, ob.cit., pág. 243. Segundo Lord Nicholas Bethell, no âmbito de suas pesquisas para a biografia Gomulka, que investiga os arquivos do Ministério do exterior britânico.
[9] L. Fitzgibbon, Unpitied and Unknown. Londres 1975, pág. 218
[10] “It has never been proved to Her Majesty´s Government´s satisfaction who was responsible.” Frankfurter Allgemeine Zeitung,, 18 de setembro 1976, pág.1