Fundamentalismo Judeu em Israel…
O sector fundamentalista da religião judaica, embora seguramente não representativa do judaísmo em geral, é influente em Israel, e é a base ideológica do movimento dos colonatos em Gaza e na Cisjordânia (excepto no que diz respeito à “grande Jerusalém” para onde se mudaram muitos judeus laicos, em busca de casas baratas subsidiadas pelo estado israelita).
As citações que seguem mostram o racismo inerente a esta visão do mundo e de como a sua influência deveria ser rejeitada por toda e qualquer pessoa sensata.
Ideologia básica do racismo em Israel
“…Diz o Talmud:
“…existem dois géneros diferentes e contrários de almas, a não-judaica é oriunda das esferas Satânicas, e a alma judaica é um fruto da santidade… O Rabbi Kook, o antigo, reverendo pai da tendência messiânica do fundamentalismo judaico disse:
- A diferença entre a alma judaica e a alma não-judaica é maior e mais profunda do que a diferença entre a alma humana e a alma de qualquer animal…”
In: “Jewish Fundamentalism in Israel”, de Israel Shahak and Norton Mezvinsky.
Racismo – continuação
“…Os Rabbis do Gush Emunim (Movimento messiânico nacionalista e expansionista que se mobiliza pela colonização do “grande Israel”) reiteraram continuadamente que os judeus que matassem árabes não deveriam ser punidos, (por exemplo) …com base no código de Maimonides e da Halacha (conjunto de regras de vida do judaísmo), o Rabbi Ariel declarou:
- Um judeu que matou um não judeu está liberto do juízo dos homens e não violou a proibição religiosa do assassinato…”
O significado desta declaração aqui é particularmente impressionante, se considerarmos o forte apoio tanto directo como indirecto, de que goza o movimento Gush Emunim, que atinge cerca de metade da população judaica de Israel.
In: “Jewish Fundamentalism in Israel”, de Israel Shahak and Norton Mezvinsky.
Razões fundamentalistas para apreensão de terras aos árabes“…eles argumentam que aquilo que parece uma confiscação de terras propriedade de árabes, para nelas depois se instalarem judeus, não é de facto uma acção de roubo mas sim um acto de santificação. Do seu ponto de vista a terra está sendo redimida, porque está a ser transferida da esfera do satânico para a esfera do divino… Para acelerar este processo o uso da força é permitido, caso se torne necessário… Halacha permite aos judeus roubar aos não-judeus naqueles locais onde os judeus são mais fortes que os não judeus…”
In: “Jewish Fundamentalism in Israel”, de Israel Shahak and Norton Mezvinsky.