O anti-semitismo é uma doença?A chantagem inaceitável
Frequentemente críticas à política de Israel ou a grupos fundamentalistas judaicos levam a acusações de anti-semitismo. Em muitas destas acusações, esta suposta perseguição é associada a uma patologia clínica.Quase todas as tentativas em analisar e concluir de forma heterodoxa o status quo dos judeus e israelenses nos acontecimentos mundiais, sejam eles recentes ou não, acabam invariavelmente em acusações de anti-semitismo, intolerância ou racismo. Não de forma menos freqüente, essa “implicância” é relacionada a uma possível patologia clínica. Seria aqui o anti-semitismo uma doença?
Freqüentemente encontramos na mídia diversas suposições de que o anti-semitismo seja de fato uma doença:
1. http://www.chamada.com.br/mensagens/anti-semitismo.html
“O anti-semitismo é uma doença atávica e patológica“
“Isso significa que o anti-semitismo é uma doença renitente, em contínuo desenvolvimento, impossível de ser controlada”.
2. http://www.espacoacademico.com.br/033/33ip_edery.htm
“O racismo anti-judaico tem uma tradição de séculos na Europa, com profundas raízes na cultura, religião, pensamento do continente e da Espanha. As manifestações mais violentas do anti-semitismo aí ocorreram: a Inquisição e expulsão e o Holocausto.
Cabe a nós hoje não só revisar o passado como ter o cuidado de estar atentos para as atuais e mais sutis formas desta doença que ainda está presente entre nós”.
“Ressaltamos, porém, que a ligação entre anti-semitismo e doença mental acontece quando tanto essa dificuldade de identificação quanto a não-aceitação de um comportamento inerte são reflexos de igual luta interna. Negar sua tendência a um comportamento apático faz parte da personalidade do anti-semita”.
“Finalizando, lembremos Engels: “O anti-semitismo é o socialismo dos imbecis”.
O anti-semitismo, como doença, entre inúmeros outros trabalhos é tratado em “o anti-semitismo alemão” de Pierre Sorlin – como psicose; e por Robert Mizrahi em relação ao auto-ódio de Marx, como neurose”.
4. http://www.morasha.com.br/conteudo/artigos/artigos_view.asp?a=432&p=0
“…compilei relatórios secretos sobre o anti-semitismo para jornalistas estrangeiros e diplomatas do Ocidente. À época, eu acreditava piamente que a causa da “doença” era o totalitarismo e que a democracia era a maneira de a curar.
5. http://www.cjb.org.br/gevura/politica/freud%20e%20sionismo.htm
“Diz Chemouni: A obra de Freud permite compreender que o anti-semitismo não é um simples efeito de mutações políticas ou econômicas, como muitas vezes se crê, mas resulta de tensões e de conflitos psíquicos, reais e fantasmáticos, que traduzem tão tragicamente as relações entre judeidade e germanidade. (Pág. 39). Ou seja: Freud enfrentava, acima de tudo, uma doença, a “sua” doença, a doença da alma que ele foi o primeiro a compreender, descrever, e por fim combater com alguma eficácia”.
6. http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos/fd041220021.htm
“O anti-semitismo é uma patologia moral e política e seus adeptos a exercitam metodicamente com o cinismo, a forma com a qual obtêm prestígio junto a grupelhos de fanáticos”.
7. http://www.pletz.com/artigos/ad0109.html
“O anti-semitismo é um racismo milenar que encontrou sua expressão política no pangermanismo, no fascismo, no nazismo e, agora, no terrorismo islâmico. Para que não produza um banho de sangue igual ao de 1933-45 é imperioso mantê-lo isolado, como patologia política, psíquica e moral”.
“Judeus poloneses” – Propaganda da década de 30
O político alemão Erhart Körting afirmou em 2004, no departamento de proteção à constituição, que “o anti-semitismo é uma doença maligna que sempre aparece novamente e não é curável por si só“.
E a princípio, é monstruosamente perigosa – esta doença. Como ela parece se disseminar por toda parte e atinge sempre mais pessoas, parece também ser contagiosa.
Sim, ela é pior que a peste.
8. http://www.varsovia.jor.br/neonazismo/7a.htm
“Em 1347, surgiu na Europa a doença que mataria milhões de pessoas: a peste bubônica, mais conhecida na como a peste negra“
Paradoxalmente, os infecciosos gozam entretanto de ótima saúde, enquanto os judeus são aqueles – sem estarem infectados – que sofrem as consequências.Nós não deveríamos então sugerir a incorporação desta doença na lista de prioridades da vigilância epidemiológica? Aqueles atingidos pela doença não poderiam então sofrer sanções por parte da Anvisa e ser colocados em quarentena em campos de concentração. Não teria aqui a cara alma judaica – sossego?
Quando aparece maciçamente um enfermidade perigosa, não se procura pelo agente patogênico? Esse não é o pré-requisito para uma promissora terapia de sucesso?
Já se encontrou o bacilo? Ele é um streptococcus, uma rickéttsia ou mesmo um vírus?
Não ouve-se qualquer notícia proveniente do Instituto Adolfo Lutz, embora ele seja referência internacional no combate a pestes. Este silêncio já não seria também uma das variedades do anti-semitismo?
Onde está a “Campanha anual de vacinação para o combate contra o anti-semitismo“? Estarão dormindo os senhores deputados, ou eles já estariam infectados pela doença e impotentes na – ajuda aos judeus?
Ora, ora, para que servem estes congressos, convenções, apelos e procissões, senão para através de uma estratégia orquestrada, impedir a pesquisa sobre a origem do problema?
Os processos penais contra inúmeras pessoas que questionam o Holocausto judeu, baseados em leis de “incitação ao ódio” na Alemanha, Canadá, França etc, não seriam parte desta cruzada contra a verdade?
O medo é tão grande ante uma resposta sincera à pergunta “Por que os judeus são odiados?“
Não começa a confusão já com o trocadilho – determinado pelos judeus – da escolha do termo? A palavra “anti-semitismo” não deve nos impetrar a ideia de preconceito contra a raça, ou melhor, contra a constituição física do judeu?
Nós temos algo contra um narigão? De forma alguma! Somente quando este se encontra na face de um judeu, nós sentimos uma sensação estranha na pele. Não é o nariz que incomoda, mas o fato de ser judeu.
Isto é insuportável, e para nós, que não somos judeus, profundamente vergonhoso. Ódio torna a pessoa feia – e pequena. Pequeno e feio são eles – aqueles que odeiam os judeus. Já não é este fato punição suficiente?
Mas aquele que questiona o motivo do ódio aos judeus, seria por causa disso um odiento anti-judeu?
Marcelo Franchi